03 dezembro 2006

O casamento

Sexta-feira finalmente meu irmão se casou. Foi tudo maravilhoso, da cerimônia à festa.

Saímos de casa meia hora atrasados em relação ao tempo que havia estimado para enfrentarmos os engarrafamentos, atravessarmos a baía e encontrarmos o local. Fiquei estressadíssima durante todo o percurso porque detesto chegar atrasada. Ainda assim, chegamos na igreja exatamente às 20 horas.

Desci do carro amaldiçoando os paralelepípedos que revestiam todo o pátio. Paralelepípedos e saltos finos são coisas que definitivamente não combinam. Será que ninguém pensa nisso quando vai revestir pátio de igreja?!

Revi parentes que não via há anos, primos de fora do Rio, primos que moram longe. Casamentos e enterros sempre proporcionam esses reencontros. Aturei piadinha de um tio, que perguntou se eu e uma prima havíamos comprado vestidos na mesma liquidação, porque eram da mesma cor (imaginem se fossem do mesmo modelo!). Precisei usar meu marido como bengala para andar pelo pátio, para não proporcionar uma vídeo-cassetada à equipe de filmagem.

A cerimônia aconteceu como havia sido planejada, no pátio da igreja, de frente para o mar. Deus estava mesmo a favor desta união, porque, depois de ter chovido durante todo o dia, estiou.

Não cheguei a chorar, mas confesso que fiquei com os olhos marejados, não sei se porque o passar dos anos está me deixando mais emotiva, ou se porque era a primeira vez que meu irmão caçula se casava. O casamento foi curto e bonito. Só os abraços entre noivos, pais e padrinhos antes da saída do cortejo que demorou demais para o meu gosto, já que a essa altura meus pés já doíam graças aos saltos de quase 10cm de altura. Quando finalmente os noivos, quer dizer, recém-casados passaram pelos convidados, foram felicitados com uma tradicional chuva de arroz. Preveni meu marido, que estava sentado na ponta da fileira, para não jogar o arroz na direção do rosto. No entanto, outras pessoas não tiveram a mesma idéia e o casal quase morreu afogado em arroz.

Agarrada ao braço do meu marido mais uma vez, atravessamos o pátio da igreja, coberto por aqueles malditos paralelepípedos, e chegamos ao carro, a fim de rumarmos para o local da festa.

A festa. O que dizer sobre ela? Foi simplesmente sensacional! O salão, lindamente decorado, tinha temperatura perfeita, nem quente demais, nem frio demais. As pessoas mal colocavam os pés no recinto e já eram surpreendidas por garçons oferecendo canapés e bebidas. Camarão e bacalhau servidos das mais variadas formas e com fartura. Cerveja, whiskey e pro-secco durante toda a noite, mas eu tomei só uma taça de pro-secco, porque precisava dirigir na volta. Morri de pena por estar fazendo dieta. Não, eu não deixei de comer por causa da dieta. É que, devido ao remédio que estou tomando, não consegui comer nem metade do que normalmente teria comido numa festa como aquela. Como já não conseguia mais comer, apenas provei o jantar e o buffet de comida japonesa. Que pena!

A equipe de som foi fantástica. Tocou os mais variados estilos e durante toda a noite pessoas de todas as idades ocuparam a pista de dança. Eu, que ao chegar no salão já havia me arrependido por ter comprado aquela sandália com aquele salto absurdamente alto, só consegui dançar depois que perdi a pose e arranquei o calçado maldito dos pés. Logo depois que fiz isso, vi várias mulheres repetirem o gesto.

O vídeo abaixo fiz com o celular do meu marido. Foi quase no final da festa, depois que o cerimonial havia distribuído aqueles bichinhos com luzes piscando dentro, gravatas e tiaras engraçadas, e chapéus enormes e coloridos. Esse que aparece com o chapelão no vídeo é o meu marido.




Às duas da manhã já não agüentávamos mais e decidimos ir embora. Fui obrigada a calçar novamente aqueles instrumentos de tortura, quer dizer, as minhas sandálias, pelo menos para caminhar até o carro. A Inquisição deveria ter obrigado os acusados a usarem saltos como aqueles. Teriam conseguido arrancar qualquer confissão.

3 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Nunca fui a um casamento. Minha prima e o namorado foram, tiveram que comprar roupas pra ocasião (no dia em nós tomamos chope no shopping!)

Eu não consigo me ver numa cerimônia dessas. Pomposo demais.

=]

4/12/06 10:41  
Blogger mel said...

Gente, que lindo! Adoro casamentos bonitos que dão certo!

Eu também fico usando meu cônjuge de bengala quando tô de salto, hhe... Não tenho o mínimo de equilíbrio, hehe...

Camarão??? Amoooooo! Fiquei meses seca pra comer camarão! Aqui é muito caro! E raro, hehe..

4/12/06 22:22  
Anonymous Anônimo said...

Olá,
casamentos de pessoas queridas emocionam - lembro até hoje do casamento da minha melhor amiga, já que minha irmã não tem idade para casar.
Agora esta moda de distribuir enfeites pros convidados nas festas, me dá uma vontade louca de casar. Adoro adereços!
Sobre o salto, já viu as novelas da globo? As coitadas das atrizes correndo nos parelelepípedos? Os arquitetos devem ser os mesmos das igrejas...
Boa noite!

6/12/06 00:22  

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