Carnaval parte 2

O Carnaval no Rio não é feito para os moradores da cidade. Talvez por isso quem mora aqui passe o Carnaval fora. Ou talvez porque os moradores viajam, o Carnaval seja feito para os turistas (Tostines vende mais porque está sempre fresquinho, ou está sempre fresquinho porque vende mais?). Deixa pra lá.
Fato é que se você sai pelas ruas da Zona Sul durante o Carnaval, quase não encontra brasileiros e os que estão por lá não são cariocas. Digo Zona Sul porque a Zona Norte é completamente desconhecida dos turistas e nem parece Carnaval por lá.
Se você é carioca, não viajou e resolveu passear pela Zona Sul nessa época, percebe a diferença. Tudo fica mais caro (água de coco a R$ 2,50!), as ruas ficam infestadas de camelôs vendendo bobagens carnavalescas e artesanatos por preços de ocasião. Preços de ocasião, nesse caso, são aqueles que variam conforme a nacionalidade do comprador: brasileiro paga 5 reais, americano paga 5 dólares e europeu 5 euros.
Além de tudo isso, na praia se multiplicam os escultores que fazem suas criações com areia molhada. Sabe castelo de areia que criança adora fazer? Pois é, os caras aprimoraram a idéia e fazem esculturas até muito legais com areia molhada, mas na beira do calçadão, para que os turistas parem pra apreciar e coloquem umas notinhas (melhor se não forem de Real) na caixinha. Esse ano meu marido, empolgado com o novo celular com câmera, parou pra fotografar uma dessas, minha sogra do lado. O escultor logo se aproximou, todo simpático, explicando que havia colocado um tronco de madeira bem em frente à obra pra que meu marido colocasse a "senhora", minha sogra, sentada ali, com a escultura ao fundo, para fotografar. Pura simpatia? Claro que não. Depois da foto viria o pedido de uma contribução para ajudar a manter o trabalho (isso já estava escrito na placa sobre a caixinha). Mas dessa vez o cara se deu mal. Meu marido logo respondeu: "não sou turista não, cara, sou do Rio mesmo". O escultor? Se afastou sem dizer mais uma palavra.
Fato é que se você sai pelas ruas da Zona Sul durante o Carnaval, quase não encontra brasileiros e os que estão por lá não são cariocas. Digo Zona Sul porque a Zona Norte é completamente desconhecida dos turistas e nem parece Carnaval por lá.
Se você é carioca, não viajou e resolveu passear pela Zona Sul nessa época, percebe a diferença. Tudo fica mais caro (água de coco a R$ 2,50!), as ruas ficam infestadas de camelôs vendendo bobagens carnavalescas e artesanatos por preços de ocasião. Preços de ocasião, nesse caso, são aqueles que variam conforme a nacionalidade do comprador: brasileiro paga 5 reais, americano paga 5 dólares e europeu 5 euros.
Além de tudo isso, na praia se multiplicam os escultores que fazem suas criações com areia molhada. Sabe castelo de areia que criança adora fazer? Pois é, os caras aprimoraram a idéia e fazem esculturas até muito legais com areia molhada, mas na beira do calçadão, para que os turistas parem pra apreciar e coloquem umas notinhas (melhor se não forem de Real) na caixinha. Esse ano meu marido, empolgado com o novo celular com câmera, parou pra fotografar uma dessas, minha sogra do lado. O escultor logo se aproximou, todo simpático, explicando que havia colocado um tronco de madeira bem em frente à obra pra que meu marido colocasse a "senhora", minha sogra, sentada ali, com a escultura ao fundo, para fotografar. Pura simpatia? Claro que não. Depois da foto viria o pedido de uma contribução para ajudar a manter o trabalho (isso já estava escrito na placa sobre a caixinha). Mas dessa vez o cara se deu mal. Meu marido logo respondeu: "não sou turista não, cara, sou do Rio mesmo". O escultor? Se afastou sem dizer mais uma palavra.