27 janeiro 2007

Academia de ginástica I

Academias de ginástica são lugares sui generis. Nelas você vê acontecerem coisas que não são vistas em nenhum outro lugar.

Tenho pensado muito nisso, agora que voltei a malhar. Não sei se já contei isso aqui, mas odeio fazer exercícios. A vida inteira entrei e saí de academias, tentei as mais variadas atividades, mas não consegui aprender a gostar de nenhuma. Como sei que é necessário para a saúde, de tempos em tempos faço um esforço e me matriculo de novo.

Como as coisas que ando vendo são muito interessantes, resolvi fazer uma série de posts sobre elas. Aí vai o primeiro.

Só numa academia de ginástica você vê uma mulher magérrima se pesando na balança do vestiário e ficando insatisfeita com os números registrados.

Hoje pela manhã (fui fazer hidro sábado!) estava eu no vestiário saindo do banho quando vejo uma mocinha se dirigir à balança. Ela era uma gracinha: rosto bonito, boa altura, magra, mas com corpo bem feito. Do tipo que eu pegaria, se fosse homem ou homossexual. Ela sobe no aparelho, verifica o mostrador e desce sacudindo a cabeça, insatisfeita com o que viu. Juro pra vocês que ela não tinha uma gordurinha a mais no corpo. O IMC (índice de massa corporal) da moça deve ser incrível. Não tinha um pingo de barriga, seios pequenos, bum bum bem torneado e de bom tamanho, pernas com musculatura definida. Em uma palavra: "gostosa". Como uma criatura dessas pode ficar insatisfeita com o peso que vê na balança?! Isso chega a ser uma afronta à minha pessoa, para quem o orientador estabeleceu uma meta de perda de pelo menos 4% do percentual de gordura até a próxima avaliação física! Por isso que dizem que "ninguém está satisfeito com o que tem".


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  • 24 janeiro 2007

    Novidades

    Não são tantas quantas eu gostaria. Na verdade acho que vocês nem estão reparando em nenhuma. Tirei umas coisinhas do template, mudei outras de lugar, e ainda quero fazer mais. Estou tentando aprender mais alguma coisa sobre templates. Eu chegarei lá!

    Mas a novidade mais significativa de todas foi que mudei para o novo Blogger, que não é mais beta. Modificar as definições ficou mais fácil porque não é preciso republicar. Fora isso, vamos ver se descubro outras vantagens.

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  • 21 janeiro 2007

    Domingo à noite

    Não existe momento mais chato na semana do que domingo à noite. Sempre achei domingo à noite um saco. Quando era estudante, ficava triste porque no dia seguinte teria que voltar às aulas. Quando comecei a trabalhar, sofria por antecipação porque teria que acordar cedo na manhã seguinte. Agora, depois de quase 20 anos trabalhando, já me conformei em ter que acordar cedo na segunda-feira (desde semana passada estou acordando cedo 2ª, 4ª e 6ª pra fazer hidroginástica!), mas ainda assim, domingo à noite é chato.

    Deixarei um vídeo pra divertir vocês neste momento chato: meu cachorro com instintos assassinos, doidinho pra invadir um galinheiro e matar umas penosas. Essas imagens foram gravadas durante a viagem de férias.


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  • 19 janeiro 2007

    Baratas

    Quando as baratas deixam de ser vistas em um ambiente, elas morreram de fome ou se mudaram?

    Essa dúvida vem me atormentando esta semana. Aqui no escritório ano passado elas começaram a aparecer. Daquelas bem miudinhas e também umas francesinhas. Foram flagradas sobre as mesas, no banheiro, tentando entrar na geladeira, nas gavetas de uma colega. Não chamei dedetização porque conhecemos uma receita caseira que é mais barata e mais eficiente, mas também não fizemos a receita porque o ácido bórico, o ingrediente que mata as bichinhas, estava em falta nas farmácias. Aí vieram as férias e o escritório ficou fechado por quase 20 dias. Na reabertura, nada de baratas. Nem umazinha por aí. Zero.

    Formulei uma teoria sobre o aparecimento dos insetos. Uma colega tem o hábito de guardar biscoitos na gaveta, além de uma tonelada de papéis velhos e outras tralhas. A experiência me diz que baratas gostam de locais bagunçados, com papel e comida. Logo, as baratas vieram por causa do habitat ideal que a tal colega montou pra elas.

    Essa mesma colega só voltará das férias na segunda-feira e antes de se ausentar deu uma arrumação nas gavetas da mesa. Logo, o habitat ideal das baratinhas foi destruido, ao menos em parte, e não há comida nas gavetas há quase 30 dias.

    Tudo isso me fez pensar sobre a causa do desaparecimento. Elas morreram de fome ou se mudaram em busca de um lugar melhor pra viver?

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  • 18 janeiro 2007

    The Beatles



    Estava eu aqui, na minha hora de almoço, olhando para o blog e pensando em escrever alguma coisa. Mas uma pergunta me impedia: "dizer o que?".

    Foi nesse momento que começou a tocar no Sonora a música Daytripper, dos Beatles. Isso trouxe de volta uma memória de anos atrás, que envolve o grupo e a música.

    Eles se separaram no início da década de 70. Eu já era nascida, mas bebê demais pra conhecer uma banda de música. Ainda assim, cresci ao som dos caras, já que minha mãe era fã, e passei a gostar.

    Também cresci rodeada por discos dos outros grupos e cantores que minha mãe apreciava. Tô falando de discos mesmo, não CDs. Aqueles pretos, feitos de um material chamado vinil e que precisavam de um aparelho com uma agulha (que não era de costura) pra tocar. Aposto que alguns de vocês, leitores, nunca viram um disco pessoalmente rsrsrs Mas voltando ao assunto, sempre gostei muito de música e ouvia repetidamente os discos da minha mãe.

    Até que no início da minha adolescência ganhei de aniversário um compacto (pra quem não sabe, era um disco pequenininho, com uma música de um lado e outra do outro) e descobri que podia ter meus próprios discos. Isso foi fantástico, mas continuei ouvindo os discos da minha mãe, já que não trabalhava, nem ganhava mesada. Até que surgiu uma oportunidade de fazer mais uma aquisição para minha coleção de discos, que só tinha um volume. Inventaram um amigo-oculto de final de ano na escola e adivinhem o que eu pedi? Um disco dos Beatles! O disco, uma coletânea com os maiores sucessos dos "garotos de Leaverpool", tinha a música Daytripper, que passou a ser uma das minhas favoritas.

    Pois é, ouvir a música no Sonora trouxe de volta estas reminiscências e rendeu este longo post. Tá certo que não cheguei a conclusão nenhuma, mas pelo menos vocês ficaram sabendo o que era um compacto.


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  • 15 janeiro 2007

    Marido na lama

    Recuperada da minha crise de preocupação com o futuro, vou contar um episódio marcante da viagem de férias, senão o mais marcante de todos.

    Em Paraty existe uma praia que tem lama medicinal (pelo menos é o que dizem). Já estivemos nela antes, mas nunca fomos até o final, onde fica a lama. Na verdade, em toda a extensão da praia, a fundo do mar é lodoso. É meio nojento quando você pisa, mas o mar calmo compensa o sacrifício de sentir aquele troço "eca" sob os seus pés. Desta vez eu estava resolvida a experimentar um banho de lama. A idéia não tem nada de original. As pessoas caminham até o final da praia e você, que está por lá tomando um solzinho, comendo uma casquinha de siri, toda hora vê uma imitação de monstro do pântano passando, coberto de lama dos pés à cabeça. No Carnaval existe até o bloco da lama, em que os participantes saem pela cidade cobertos de lama e cantando UGA UGA.

    Depois de dourar no mormaço um tempo (conhecem aquela do "mormaço queima"?), caminhamos até o final da praia. Eu, meu marido e um casal de amigos que fizemos na pousada. A mais empolgada com a perspectiva do banho de lama era eu. Quando chegamos lá, havia outras pessoas se banhando. No canto da praia a água do mar se transforma em lama. Um fenômeno curioso, que deve ser causado pela existência de um mangue vizinho, encoberto pela vegetação. Fiquei olhando aquela água que se transformava em lama cinzenta e imaginando a sensação que aquela substância molenga e pegajosa produziria ao entrar em contato com a minha pele. Simplesmente fui incapaz de sequer me aproximar da lama. Nossa amiga, psicóloga, explicou que aquilo evoca a relação que todos nós desenvolvemos com a nossa própria merda quando somos bebês. Já estudei sobre isso, aquele papo freudiano de fase anal, mas não houve teoria psicológica capaz de me fazer encostar naquele troço. Argh!

    Fiquei lá travada, igual a um 486 rodando Windows ME. Fui retirada do meu travamento pela surpresa de ver minha amiga entrando (e afundando) na lama. Toda animada e acreditando fervorosamente que a substância possui propriedades medicinais, ela começou passando lama nas pernas, se empolgou e passou no cabelo, depois nos braços, até estar completamente cinza.

    Mas chocada mesmo fiquei quando meu marido, meu próprio marido, entrou naquela merda, quer dizer, lama. Ele, que ao chegar lá não parecia nem um pouco disposto a "banhar-se", enfiou primeiro as pernas e também foi se empolgando e se enlameando cada vez mais. Pra não ficar lá parada como um espantalho, peguei a câmera e comecei a filmar. O vídeo está aí ao lado, provando que foi tudo verdade, pra quem não acreditar que existem seres humanos capazes de se melecarem com uma substância extremamente parecida com cocô e ainda acharem bom.

    Será que se fizer alguns anos de análise serei capaz de resolver a minha fase anal e tomar banho de lama como uma pessoa (a)normal?

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  • 12 janeiro 2007

    Terceira idade


    Não tenho filhos humanos, só os de quatro patas, por isso às vezes me batia uma preocupação do tipo: "quem vai cuidar de mim quando ficar velha?". Ao ler esta notícia no Terra fiquei tranquila. Até eu chegar na 3ª idade esses robôs já serão comercializados. Terei um robô pra cuidar de mim. Preciso começar a guardar dinheiro pra comprar.

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  • Gata esclerosada


    Leio um blog cuja autora agora resolveu adotar uma lagartixa como bichinho de estimação. Pensando em como animais de estimação podem ser estranhos, lembrei do que a minha gata fez ontem. Ela não é uma lagartixa, mas definitivamente não é um gato normal.

    Nos últimos tempos ela não tem "ido ao banheiro" todos os dias para fazer o número 2. Comentei isso para a veterinária, que receitou uma pasta que ajuda os gatos a eliminarem as bolas de pelos, que podem obstruir o intestino. A vet orientou a passar a tal pasta na patinha, para que ela mesma lamba. Como gatos são muito limpos, quase neuróticos com limpeza, não suportam nada sujando o pelo e lambem pra limpar.

    Comprei a pasta e ontem pela manhã passei a quantidade indicada na pata da gata. Fiquei olhando, achando que ela começaria a se limpar imediatamente, mas a reação inicial foi simplesmente nenhuma. Parecia que nem havia nada na pata da bicha. Apontei a pata, pra ver se ela notava e começava a lamber. Nada. Continuei observando e depois de um tempo ela pareceu finalmente perceber que havia algo lá. Pensei: agora ela vai começar a lamber. Em vez disso, ela começou a sacudir a pata. Por sorte eu havia espalhado a pasta, que grudou bem no pelo e não saiu com as sacudidas. Fiquei tranqüila porque assim, mais cedo ou mais tarde, ela seria forçada a lamber se quisesse se ver livre daquele troço, e não continuei vigiando quando ela resolveu sair andando pela apartamento. Eu estava enganada. Pouco depois comecei a encontrar porções daquele negócio melequento pelo chão. Não sei como, mas a gata estava se livrando daquilo sem lamber. Até entendo que ela tenha ficado com nojo, porque eu fiquei só pela cor e pela consistência (claro que não provei pra saber o gosto), mas como faze-la entender que é pro bem dela?

    Gatos!

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  • 10 janeiro 2007

    Paraty



    Como vocês já devem saber, passei o Reveillon em Paraty, cidade histórica no litoral do Estado do Rio de Janeiro.

    Se reencarnação existe, na minha outra vida nasci em Paraty. Sempre tive vontade de conhecer a cidade, porque adoro lugares históricos, mas só em 2003 tive oportunidade. Foi o primeiro Ano Novo que passei lá e de cara me apaixonei. Convenci meu marido a voltar em todos os outros Reveillons depois daquele.

    A cidade é super segura, principalmente pra quem está acostumado a viver preparado pra ser assaltado. Acho que é por isso que sempre tem tanto paulista por lá. Na parte antiga, lindamente preservada, o visitante respira séculos de história. A natureza é exuberante e integrada à vida dos moradores. Mesmo no centro histórico existem jardins com saguis fazendo uma boquinha. A vida marinha, então, é indescritível. Desta vez mergulhei apenas com snorkel e mesmo assim me diverti nadando junto com os peixes, que não fogem se você se aproximar lentamente (será que pensam que sou uma sereia? rsrs).

    Ah Paraty...


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  • 08 janeiro 2007

    Profissão repórter



    Antes de começar a contar minhas aventuras em Paraty, escreverei sobre o que vi ontem: uma batida de carro.

    Na verdade não "vi" a batida. Estava em casa aproveitando minhas últimas horas de férias com um cochilo no sofá depois do almoço, quando acordei com um barulhão, seguido dos latidos dos cachorros. Meu marido correu na sala pra contar que havia ocorrido um acidente, mas da janela só vimos pedaços de veículos pela rua. Quando os carros do Corpo de Bombeiros chegaram, minha curiosidade me fez descer pra ver o que havia ocorrido.

    Saí de casa com vergonha do meu voyerismo, mas já no elevador encontrei um vizinho descendo com o mesmo objetivo. No local do acidente, esse aí na foto, havia mais um monte de voyers, o que me fez sentir menos culpada por querer ver a desgraça dos outros. Só para que os leitores não fiquem preocupados, embora 7 veículos tenham sido envolvidos, houve uma única vítima, o motorista do táxi, que passou mal ao volante e, com a batida, se machucou, mas saiu vivo do carro e consciente.

    Voltando aos voyers, encontrei vários: vizinhos do prédio, colegas do curso de inglês, conhecidos da vizinhança. Num dado momento, até o porteiro do meu prédio abandonou o posto pra dar uma espiadinha. Nos edifícios em frente, as pessoas chegaram a colocar cadeiras na varanda pra assistir de camarote. Não me isentando de culpa, claro, não pude deixar de pensar como as pessoas adoram ver acontecimentos trágicos. Houve uma época em que era "moda" na minha vizinhança aparecer carro de som sábado pela manhã, tocando o Parabéns da Xuxa, contratado para homenagear algum aniversariante. As pessoas colocavam a cabeça pra fora da janela e ao constatarem que era só um aniversário, voltavam aos seus afazeres. Ninguém parava pra assistir a alegria dos outros. Mas na hora da desgraça, teve mulher que apareceu até com a barriga molhada porque parou de lavar a louça correndo pra ver o acidente.

    A natureza do ser humano é mesmo muito estranha...


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  • 04 janeiro 2007

    Voltei

    Depois da correria de Natal e do Reveillon maravilhoso em Paraty-RJ, estou de volta para a vida "quase" normal. Digo quase porque ainda tenho uns poucos dias de férias antes de voltar ao trabalho.

    Caminhando pelas ruas de pedras da cidade, passeando de barco e indo à praia, deixei para trás todo o estresse de 2006. Mas comecei a acumular o estresse de 2007 assim que cheguei. Deixei o apartamento na maior bagunça quando viajei, certa de que encontraria tudo arrumadinho na volta, mas minha faxineira não apareceu para trabalhar na semana passada, o que significa que amanhã terei que fazer limpeza.

    Voltei cheia de temas para posts, alguns bastante bizarros. Aos pouquinhos escreverei todos. Por enquanto preciso descansar, porque amanhã o dia será puxado.

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